Resultados das excursões do ALTANTIDA para monitorização do oceano no verão de 2021

Os nossos investigadores fecharam com sucesso a primeira campanha de monitorização das águas marinhas do Norte, que começou em junho. Acima de todas as expectativas, os investigadoresconseguiram implementar 32 estações de amostragem e avistaram 41 grupos de golginhos durante o programa de monitorização das águas marinhas do norte do ATLANTIDA, que decorreu durante todo o verão, entre Espinho e Caminha.

A equipa, incluindo membros da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), saiu da embarcação ‘Del Mar’ com um sentimento de dever cumprido. A campanha decorreu durante quatro dias consecutivos e cobriu todo o mar territorial do Norte do país, abrangendo a área marinha de Espinho (Aveiro) a Caminha (Viana do Castelo) até às 12 milhas náuticas (cerca de 22 quilómetros) da costa.

No total, os investigadores conseguiram implementar 32 estações de amostragem, e em cada estação foram recolhidos dados que permitirão aprofundar do estudo das águas marinhas, bem como perfis oceanográficos para avaliação dos parâmetros físico-químicos ao longo da coluna da água, amostras de água para caracterização de comunidades microbianas e de fitoplanctôn, registos da paisagem acústica local e amostragens de cetáceos.

Paralelamente, os investigadores recolheram amostras para o estudo de microplásticos das águas do Norte de Portugal.

Para além dos trabalhos desta primeira campanha de monitorização, foi também realizado um conjunto de viagens curtas entre Leça da Palmeira (Matosinhos) e Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, para estudo de cetáceos. Durante estas, os investigadores tiveram encontros privilegiados com 41 grupos de golfinhos, sendo o golfinho comum o mais avistado. Esses encontros permitiram a recolha de diferentes amostras biológicas.

Mafalda Correia, investigadora do projeto ATLANTIDA, afirma que, para além dos registos fotográficos, a equipa de investigação conseguiu “recolher pequenas amostras de tecido e do sopro do golfinho”. “Estas amostras irão dar-nos informações fundamentais para compreender melhor esses animais, estudar o estado e a saúde da população e otimizar os métodos de monitorização, aponta a investigadora.